
7 de maio, é o dia mundial de conscientização sobre a doença. Foto: Freepik
A endometriose é uma das principais causas de infertilidade feminina, além de ser responsável por deixar a mulher incapacitante para o trabalho por um determinado período, segundo especialistas. A doença é uma condição inflamatória em que o tecido semelhante ao endométrio (camada que reveste o útero) cresce fora do útero. Entre os principais sintomas estão dor pélvica, cólicas intensas, dor durante as relações sexuais, alterações intestinais e infertilidade. O tratamento varia de acordo com o grau da doença e os objetivos da paciente, podendo incluir acompanhamento clínico, medicação ou cirurgia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva sofre com essa enfermidade no Brasil e no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Endometriose, o tempo médio para diagnóstico no país pode chegar a até sete anos, o que compromete a saúde física e emocional das pacientes.
“A endometriose não é apenas uma dor menstrual comum, mas uma doença crônica que pode afetar órgãos como ovários, intestino e bexiga. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações mais graves e melhorar a resposta ao tratamento”, alerta a ginecologista e especialista em medicina reprodutiva Lilian Serio.
Como a mulher pode saber se tem endometriose?
Conforme a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), o primeiro passo para o diagnóstico é uma conversa detalhada com um ginecologista sobre o histórico de saúde da paciente, além de um exame físico. No entanto, a endometriose nem sempre é detectada apenas com o exame clínico, pois os focos da doença podem estar em locais de difícil acesso ou apresentar sintomas variados.
“As principais indicações de cirurgia para a endometriose são quando a paciente possui endometriomas muito grandes, sintomas de difícil tratamento ou em casos em que a mulher esteja tentando engravidar e não esteja conseguindo, seja por meio de uma gestação espontânea ou por fertilização in vitro”, completa a ginecologista.